Campo da Consciência e Terapia Floral - conceito
O biólogo inglês Rupert Sheldrake, ao estudar o comportamento de macacos em ilhas isoladas nas costas do Japão, observou a transmissão do hábito de lavar batatas, antes de comê-las, de uma população a outra em ilhas isoladas e distantes. (Vide texto "O Centésimo Macaco", no livro Terapia Floral no Cotidiano - Evocação às Essências Florais Filhas de Gaia, pág.27) Não houve nenhuma comunicação convencional entre as duas populações: o conhecimento simplesmente se incorporou aos hábitos da espécie. Segundo o cientista, os campos mórficos são estruturas que se estendem no espaço- tempo e moldam a forma e o comportamento de todos os sistemas do mundo material. Os campos mórficos não envolvem transmissão de energia, Por isso, sua intensidade não decai como quadrado da distância, como ocorre, por exemplo, com os campos gravitacional e eletromagnético. O que se transmite através deles é pura informação. É isso o que nos mostra o exemplo
dos macacos.
Nele, o conhecimento adquirido por um conjunto de indivíduos agrega-se ao
patrimônio coletivo, provocando um acréscimo de consciência que passa a ser
compartilhado por toda a espécie.
Essa troca de informação compartilhado ocorre através da ressonância entre
campos. Quando a troca de informação se estabelece, só então esta pode
propiciar trocas de energia ou trocas materiais em nível quântico.
Hoje, é unanimidade entre os pesquisadores e Terapeutas Florais que as
Essências Florais atuam por ressonância entre o campo da Consciência da
Natureza e o campo da Consciência do usuário de uma Essência Floral.
A Terapia Floral propicia a expansão da Consciência Espiritual através do Ser
através da ressonância dos Campos de Consciência da Natureza* (Essências
Florais) e as Virtudes potenciais inerentes ao campo da Consciência do Ser
Humano. Essa expansão ocorre na medida em que o cultivo das Virtudes e Valores
acolhidos através das Essências Florais se alinha de maneira coerente nas
escolhas e atitudes conscientes do usuário em sua vivência cotidiana, nos
planos concreto, emocional, mental e Espiritual. A expansão da Consciência pede
o alinhamento consciente do indivíduo através do Princípio da Coerência
Universal com os Grandes Propósitos da Alma. Quando se utiliza Essências
Florais que ressoam com o Valor —Fraternidade — e nega-se os direitos
fundamentais do outro segundo Princípios Fraternos (por exemplo, com atitudes
preconceituosas de qualquer natureza), a Terapia Floral não está ainda
atingindo seu objetivo de expansão da Consciência. Essa expansão da Consciência
sempre pedirá uma reflexão Consciente sobre o Valor mobilizado e seus
desdobramentos nas próprias escolhas em todos os aspectos da vida cotidiana do
usuário, alinhando-se através do Princípio da Coerência com os Propósitos mais
elevados da Alma.
Superar a segmentação e a incoerência entre nossas escolhas mentais e nossas
atitudes concretas, expandindo então nossa Consciência, é um processo que pede
desejo forte, persistência, empenho e com frequência o suporte de um Educador
da Consciência gabaritado (o Terapeuta Floral).
Portanto, o exercício do autoconhecimento nos auxilia a alinhar nossas escolhas
e atitudes com nosso pensar, dizer, sentir. Esse processo é esencial para
ampliarmos a Consciência na direção de Ser quem Somos: Seres infinitos de
infinitas possibilidades.
Quando não há coerência entre as Virtudes da Alma e nossas ações — e isto se
torna uma constante em nossas vidas — o adoecimento afasta cada vez mais a
personalidade de sua própria Essência (Self).
Dr. Bach já dizia: "Em essência, a doença é o resultado do conflito entre
a Alma e a Mente, e ela jamais será erradicada, exceto por meio de esforços
mentais e espirituais". ("Os Remédios Florais do Dr. Bach", pág.
16, Ed. Pensamento, 10 Edição, 1995).
A coerência entre a visão de vida explicitada pelo processo de ressonância -
que dá base à Terapia Floral-, e a atitude do Terapeuta Floral, como pessoa e
profissional, deve também ser considerada no atendimento ao cliente. Portanto,
a ação terapêutica precisa estar isenta de julgamentos (certo/errado, bom/mau,
bem/mal, etc.) tanto quanto de atitudes de donos do saber, decorrentes da visão
dual do mundo.
A pergunta, durante o atendimento, precisa ser:
“Nesse contexto, qual virtude ajuda esta pessoa a centrar- se no Amor, em seu
Ser, além da dualidade?"
Unidade? Nutrição? Compaixão? Regeneração? Proteção? Fraternidade? Aceitação?
Integração?
Quais essências podem mobilizar as Virtudes adormecidas neste Ser?
O Terapeuta Floral não dá ordens, esclarece; não julga, busca a Virtude
mobilizadora do movimento de Consciência necessário ao momento da pessoa; não
tem poder sobre os resultados, somente mostra um possível movimento em direção
ao Ser.
Por exemplo: na vivência da raiva, qual(is) virtude(s) pode (em) ser
acionada(s) e propiciar o movimento de despertar a personalidade desse Ser para
os Valores da Compaixão, Perdão, Fraternidade ou Poder Pessoal?
Que movimento de medo ou de dor afastou-o dos Valores de sua Alma e propiciou a
emergência da raiva agora vivenciada?
Assim, nesta ação, isenta de julgamento, o Terapeuta aco-Ihe-se e acolhe o
cliente em sua busca de um novo modo de Viver.
* Introdução ao livro Terapia Floral no Cotidiano - Evocação às Essências
Florais Filhas de Gaia
Margareth Monteiro de Barros, Maria R.D.Grillo e Mariângela Araujo de Almeida e Silva
Eliana Vieira Borelli
Terapia Floral, Integração Organísmica, Pathwork’ Helper, Constelaçōes